A equipe do Anjos da Guarda, programa da Fundação de Ação Social (FAS) que faz a abordagem social a crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil e mendicância, na região central da cidade, participou nesta quinta-feira (7/7) de uma capacitação. O objetivo foi de atualizar o grupo sobre a garantia de direitos, unificar procedimentos do serviço e oferecer orientações técnicas atualizadas sobre abordagem e sobre o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), do Governo Federal.
Além dos assistentes e educadores sociais, que integram o Anjos da Guarda, a capacitação reuniu supervisores regionais e profissionais envolvidos na execução do serviço voltado para crianças e adolescentes. A capacitação faz parte do projeto da FAS de atualização e formação permanente de suas equipes.
“Nosso objetivo é oferecer conhecimento das funções, das capacidades e limitações no desempenho da função, além de falarmos sobre a importância de se trabalhar em equipe”, disse a coordenadora de Média Complexidade da Diretoria de Proteção Social Especial da FAS, Leslie Canestraro Skroch Ferreira.
Prioridade
Principal palestrante do evento, o consultor e assessor em políticas públicas, Uilson José Gonçalves Araújo, destacou que a criança e o adolescente têm prioridade absoluta, assegurada pela Constituição Federal de 1988, e posteriormente pelo Estatuto da Criança do Adolescente (ECA), implantado em 1990.
“As crianças e adolescentes são sujeitos de direitos e devem ser prioridade de todos os governos, com preferência na formação de políticas públicas, de atendimento e destinação de recursos, previstos no artigo 4º do ECA”, explicou.
Araujo, que fez a palestra “Dialogando sobre o Peti” de foram voluntária, falou ainda dos eixos de proteção das crianças e adolescentes, que são de promoção, defesa e controle, além de orientar sobre o que é, tipos, causas e mitos do trabalho infantil.
Anjos da Guarda
A capacitação trata ainda dos fluxos do programa Anjos da Guarda, lançado em setembro de 2021, como uma resposta ao aumento de casos de violação de direitos de crianças e adolescentes que pertenciam, principalmente a famílias que mais sofreram os impactos da pandemia da covid-19.
O Anjos da Guarda possui equipe especializada que percorre locais pré-estabelecidos, onde há maior incidência de permanência de crianças e adolescentes de até 18 anos incompletos.
O programa trabalha em parceria com os dez Conselhos Tutelares, Guarda Municipal e órgãos do Sistema de Defesa e Garantia de Direitos de Crianças e adolescentes, como Ministério Público, rede de serviços socioassistenciais e rede de proteção de crianças e adolescentes de Curitiba.
Desde que foi lançado, a equipe do Anjos da Guarda fez quase 7.500 abordagens sociais a crianças e adolescentes, por busca ativa ou a partir de solicitações que chegaram à Central 156.
Fonte: Comunicação FAS